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Atendimento de casais e famílias, com Jorge Veschi, Turma Sexta-Feira

Quando: 17 de Janeiro 2025 à 14 de Março 2025

Turma 01: Semanalmente às 6as feiras

Horário: 10:00 às 12:00

Evento Online via Zoom. Inscrição no Sympla aqui.

Descrição:

Vemos uma grande diversidade de acasalamentos e organizações familiares, tanto na modernidade quando nas diferentes sociedades e diferentes períodos históricos. Deixando ver que acasalamentos e organizações familiares não são eventos nem naturais nem biológicos, mas respondem a questões tanto inconscientes quanto sociais, sendo que cada uma corresponde a determinados tipos de subjetivação. Trata-se de vivencias estabelecidas com alianças e pactos inconscientes tanto construtivos quanto destrutivos.

Fazemos parte de uma sociedade individualista e uma cultura do narcisismo. Essa realidade social ao mesmo tempo em que contrasta com as condições de possibilidades dos estabelecimentos de casais e famílias, também condiciona o surgimento de diferenciações nas organizações dos casais e famílias na produção de subjetividades adequadas a sociedade do indivíduo. 

Vamos ver que as organizações de casais e famílias são estruturas na base da sociedade, de forma que se determinam mutuamente. 

No trabalho com casais vamos apresentar os tipos de atendimento com casais, definido como convivência que se pretende prolongada de pessoa envolvidas por alianças e pactos inconscientes e conscientes. 

A diversidade dos sentimentos amorosos e das determinações inconscientes na ordenação e no desfecho do casal. 

O que cada tipo de relacionamento exige para se constituir.

As alterações que o sentimento amoroso e a convivência provocam na identidade de cada um. 

A emergência do ´mais outro´ com a complexidade da presença de terceiros, sua economia libidinal e fantasmática na estruturação e desestruturação do casal. 

Os fatores que conduzem um casal para uma crise e as possibilidades de elaboração desses fatores para um desdobramento do relacionamento. As peripécias da sexualidade com os comprometimentos e as variedades oferecidas pela sociedade de consumo e de ofertas são bem representadas nos conflitos do casal. Quando um casal vai conviver os elementos que são evocados são mais complexos do que quando não convivem.

É bastante decisivo o lugar que o terapeuta vai ocupar na transferência enquanto terceiro, o que evoca muitos fantasmas e fantasias.

Nas condições de família vamos ver sua importância enquanto estrutura social e para as condições de vida de cada um e sua complexidade na medida em que se sustenta em uma rede complexa de elementos inconscientes, de alianças e pactos que podem transcender em muito a consciência e vontade das pessoas que a compõe.

A passagem do casal para a família não é linear, representa uma mudança de estrutura, principalmente porque se faz representar pela presença de filhos, o que faz surgir muitos fantasmas, mobiliza os elementos e as fronteiras do recalcado e do reprimido e, principalmente, implica uma grande sofisticação em se lidar vários tipos e níveis de sexualidade. Trata-se, talvez, do empreendimento humano mais difícil e complexo. 

Freud chega a formular que o trabalho psicanalítico com indivíduos não tinha um bom prognostico e ainda não tinha desenvolvido nenhuma forma de se trabalhar com as famílias, o que para ele seria de grande importância para a evolução dos tratamentos, atualmente se desenvolveram formas de atendimento para famílias, malgrado fazermos parte de uma cultura do individualismo. Freud aponta, também, o fato do indivíduo não ter possibilidade de enfrentar o Pai Primevo (os Ideais, o Eu Ideal), portanto de ter possibilidades de estabelecer a Lei e o pacto social.

O tipo de amor e afetividade constitutivo da família e as condições de quando entra em crise. As alterações a nível amoroso e libidinal, ao agirem sobre o inconsciente, o recalcado e o reprimido produzem alterações na comunicação dificultando as articulações necessárias entre as pessoas que compõe e que organizam a família.

A presença do ´mais outro´ e sua função na organização inconsciente e libidinal da família.

 A família se constitui em torno do surgimento de um novo real a partir de uma criança, que constitui neo formações psíquicas. 

Precisamos considerar a importância do ´complexo fraterno´ determinante nas relações familiares e na constituição da subjetivação.

Se torna importante definir o tipo de situação singular de quando temos situações de adoção e do nascimento de gêmeos.

As famílias edipianas, as anti-edipianas e as não edipianas.

O lugar transferencial que o terapeuta vem ocupar é complexo, implica o lugar do terceiro, dos ancestrais e de devir.