
MICHAEL BALINT / CURSO: A FALHA BÁSICA: emergências e manejo clínico na transferência, com Priscila Magalhães
Inscrições pelo Sympla aqui.
Quartas-feiras, quinzenal, das 10h às 12h em 6 encontros
Calendário: 20/8; 03 e 17/9; 01, 15 e 29/10/2025
Balint foi discípulo de Ferenczi e é considerado um dos “analistas marginais” no panorama da psicanálise britânica no século XX, juntamente com Winnicott, Fairbairn. entre outros. Tal como eles, foi um pensador clínico voltado para o atendimento dos casos difíceis, que não se enquadram nos parâmetros da neurose e não se adaptam às regras técnicas da análise clássica.
A Falha Básica (1968) é seu conceito teórico-clínico maior, em articulação com a noção do amor primário, onde afirma o caráter essencialmente relacional da subjetivação infantil, desconstruindo a noção de narcisismo primário que se mostra inconsistente mesmo em Freud.
Balint entende que a falha básica é uma falha ambiental e relacional e não uma falha do paciente, tornando-se acessível pela implicação do/a analista na relação. É descrita como um Abismo entre o mundo da criança e o mundo adulto, com sua linguagem, exigências e modos de relação próprios.
O essencial na resposta do/a analista para favorecer a Travessia do Abismo é a sintonia afetiva que cria uma atmosfera emocional favorável à existência e à expressão vital da “criança dentro do paciente”.
Ao considerar os aspectos terapêuticos da regressão privilegia o reconhecimento, na relação analítica, de potenciais nunca exercidos e dá nova importância ao acting out como possibilidade de abertura de Novos Começos.
O curso está pensado como uma abordagem das principais contribuições clínicas desenvolvidas principalmente nas partes III, IV e V do livro:
– O Abismo e as Respostas do Analista
– As Formas Benignas e Malignas da Regressão
– O Paciente Regressivo e sua Análise
