
Curso: Olhar e voz da branquitude na psicanálise, com Nelma Cabral*
*Psicanalista, membra do EBEP-Rio, pesquisa Olhar e voz na psicanálise e nas relações raciais
Inscrições no Sympla aqui.
05 encontros online, semanal as segundas-feiras, das 19h às 21h
Calendário: 04, 11, 18 e 25/08 e 01/09/2025
AÇÕES AFIRMATIVAS: Oferecemos 9 vagas por ações afirmativas. Solicitamos que envie e-mail para ebep@dh.com.br justificando a solicitação da inscrição. As vagas serão ocupadas conforme ordem de inscrição.
Como a branquitude se faz presente no olhar e na escuta psicanalítica? Como a relação entre branquitude e colonialidade se faz presente na psicanálise?
A proposta deste curso é problematizar o olhar e a voz da branquitude na psicanálise, a partir de interpelações advindas de 3 lugares: uma escuta clínica e uma experiência de supervisão; a invisibilidade e o silenciamento das produções de psicanalistas negros/as e os sons dos tambores apontando para o que não conseguíamos ver e nem escutar.
O tambor, em suas diversas formas, executado com as mãos ou com baquetas, é um instrumento fundamental, e não apenas musical, nas culturas africanas, indígenas e da diáspora africana no Brasil.
Para abordar a branquitude e a violência racial pela via do olhar e da voz nas instituições e nas práticas psicanalíticas as referências serão Freud, Lacan, Virgínia Bicudo, Neusa Santos Souza, Maria Lucia da Silva, Emiliano Camargo David, Isildinha Baptista Nogueira e Thamy Ayouch.
Com a hipótese de uma forclusão da raça pela psicanálise em suas teorizações sobre a família e suas consequências na experiência de análise e no social, proponho pensar uma metapsicologia da pulsão escópica e da pulsão invocante e suas incidências no social e na clínica considerando a noção de racial infantil, consubstancial ao sexual infantil, introduzida por Thamy Ayouch.
Considero que é preciso antes percorrer os estudos críticos da branquitude, é preciso mapear as contribuições de sociólogos, antropólogos, filósofos, psicólogos sociais, é preciso escutar os sons dos tambores e estabelecer um diálogo que possibilite pensar a quê e a quem se destina a psicanálise hoje, enquanto saber e prática.
*A bibliografia será entregue no primeiro encontro.

